sexta-feira, 30 de novembro de 2012

seca



Por que você não me ligou ontem? Pra quê eu te pergunto isso? Geralmente quando as pessoas não ligam é porque não querem falar com a outra. Então mudo minha pergunta.. Por que você não quis falar comigo ontem? Será que eu quero mesmo saber essa resposta? Será que eu não aguentaria ouvir e você, por saber disso, não me conta pra me proteger? Mas se você me protege, é por que gosta de mim... E se gosta, por que não liga? Proteger é gostar? Será que isso foi mais uma falta de atitude covarde ou foi proteção mesmo?  Por que eu não consigo me acostumar com isso? Se eu me acostumar, significa que meu amor diminuiu? Queria tanto esclarecer essas perguntas dentro de mim... Paro de escrever agora pois as lágrimas já estão molhando meu rosto seco. Seco de sorriso, seco de vida, seco de magro, seco de pálido. O fato de eu não querer comer... o que será? Falta completa de apetite. Não alimentar o corpo para parecer fraco? Para que os outros notem que preciso de ajuda? Eu preciso disso para mostrar minha dor? Eu sinceramente acho (quero acreditar) que não é só isso. Me sinto pecadora ao desejar que essa falta de vontade de comer seja por doença (física) e não por "fraqueza" emocional. Não quero mais querer. Quero apenas levar a vida, saindo um pouco do papel de atriz principal. Quero dar um tempo... Me dá uma licença, patrão. Depois eu volto, linda, bela, cheia de vida. Agora não dá mais.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Mais uma na rede



Hoje me bateu uma vontade imensa de começar um blog. E ai, quando surgiu uma página em branco, onde posso escrever sem abreviações e sem aquela surpresa chata de a pessoa sair do bate-papo no meio da conversa, as coisas simplesmente fogem da cabeça...Mas acho que isso é costume e exercício. Refletir sobre: o que escrever, para quem escrever, quem lerá,o título e etc me fez tirar uma radiografia da pessoa que me tornei aos 23 anos idade. Aquela pessoa que aos 14 anos achava que sabia exatamente o que queria e como faria para dar certo se tornou alguém multifacetada. Isso não quer dizer falta de personalidade, mas a ausência de uma unidade às vezes assusta. Será que ser pouco de tudo é ser nada?Entender tanta gente acaba fazendo você não se entender mais? Misturo minhas impressões a histórias e experiências de outras pessoas e acabo não sabendo separar as coisas. Lado positivo: estado de alerta e auto-proteção. Lado negativo: quem sou eu? As minhas relações de amizade, o meu prazer em caminhar pela cidade, a minha autonomia e coragem... cadê? As histórias de insegurança (urbana, amorosa, fraternal) mexem tanto comigo que acabo me encarcerando no mundo virtual, onde posso "encontrar" meus amigos, meu namorado, saber de coisas que não sei, ver fotos de onde não posso ir... Até que ponto e até quando? E mais uma "instrumento" de solitários é criado por mim: blog. Como se já não bastasse: facebook, twitter, e-mails (dois), skype, MSN (quase falecendo), whatsapp, instagram... Afastando, afastando, afastando... Aproximando, aproximando... Sinceramente, não sei onde isso vai parar e me assusto. Por mais que eu saiba que são escolhas minhas (entrar e me manter nessas redes sociais), são "bens" necessários. Redes tipo de pescador, que prendem e fisgam as pessoas. A atual "praça" e local de encontro mais seguro. Espero que eu reúna forças (como alguns poucos amigos meus) e desbrave o "desligar-se" do computador. Por que forças? Ora, desligar-se requer "se afastar" de muita gente querida, que posso trocar ideia seguramente pela internet. Atitudes assim assemelham-se a: parar de beber, fazer um trabalho acadêmico antes do prazo, fazer dieta e coisas do tipo. Quero me livrar... mas, e meus amigos? Preciso livrá-los também! Senão, continuarei sozinha...